H – ABC da Cirurgia Plástica

HEMATOMA

O hematoma é o acumulo de sangue extravasado numa área do corpo que foi traumatizada num acidente ou manipulada em cirurgia.

O hematoma pós-cirurgia pode ocorrer em qualquer especialidade cirúrgica.

Ele não costuma representar risco para o paciente, desde que seja diagnosticado a tempo e tratado corretamente, através de drenagem cirúrgica ou punções.

A Dra. Mariângela Santiago CRM 45.138 esclarece:
Estas informações possuem apenas caráter informativo e oferece uma visão superficial de cada tema, a Dra. Mariângela Santiago recomenda uma consulta médica para indicação de procedimentos e análise individual de cada paciente.

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HÉRNIA 

A hérnia é a saída do conteúdo da cavidade abdominal (gordura) através de um orifício, ou área de fragilidade da parede abdominal.

A hérnia pode ocorrer no umbigo (umbilical); na linha média acima do estomago (epigástrica); e na altura da virilha (inguinal).

É importante no exame clinico o cirurgião plástico investigar a possibilidade do paciente a patologia. 

HÉRNIA UMBILICAL

As mulheres que já foram mães estão mais sujeitas à evolução de uma hérnia no umbigo, devido à distensão do abdome na gravidez.

Trinta por cento dos pacientes que fazem plástica de abdome apresentam hérnia umbilical. A maioria não sabe, pois pode ser uma coisa pequena (do tamanho de um grão de feijão) e não costuma causar desconforto.

Esse tipo de hérnia é diagnosticado pero cirurgião plástico no exame rotineiro de avaliação do abdome.

O problema não contra indica a abdominoplastia. Pelo contrario, pode ser corrigido no mesmo procedimento cirúrgico.

O cirurgião plástico tem autonomia e capacidade para fazer essa intervenção, pois dentro de sua formação médica está incluída a residência em Cirurgia Geral como pré-requisito para a cirurgia plástica.

Ao corrigir a hérnia, melhora-se também a estética do umbigo, pois esta em si deforma a região.

Em alguns casos, quando a hérnia umbilical é muito grande, recomenda-se primeiro corrigir a hérnia e, num segundo tempo, fazer a cirurgia estética.

PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

Coloca-se para dentro o conteúdo saliente da cavidade abdominal e fecha-se com pontos a parede da musculatura por onde sai a gordurinha, que forma o que denominamos hérnia.

HÉRNIA EPIGÁSTRICA

Denomina-se hérnia epigástrica aquela que está localizada na região do estomago.
Quando existe indicação de abdominoplastia, a hérnia pode ser corrigida no mesmo ato cirúrgico.
A correção segue o mesmo padrão da hérnia umbilical.

HÉRNIA INGUINAL

Denomina-se de hérnia inguinal, quando a hérnia está localizada na região inguinal (virilhas).
Se ela for pequena, pode ser corrigida no mesmo ato cirúrgico da plástica de abdome.
Porém, se grande, é preferível primeiro corrigir o problema e depois fazer a plástica de abdome.

Como a abdominoplastia aproxima novamente a musculatura, esta correção promove aumento da pressão interabdominal por uns dias.

No caso de haver uma hérnia razoável na virilha, há uma tendência maior de sair a gordurinha que poderá causar problema.

O que vale mais é o bom senso e a experiência de cada profissional para decidir se deve ser feita a correção da hérnia inguinal e da plástica de abdome ao mesmo tempo.

A Dra. Mariângela Santiago CRM 45.138 esclarece:
Estas informações possuem apenas caráter informativo e oferece uma visão superficial de cada tema, a Dra. Mariângela Santiago recomenda uma consulta médica para indicação de procedimentos e análise individual de cada paciente.

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HOSPITAL

NOVAS NORMAS SOBRE LIPOASPIRAÇÃO

Apesar do hospital não ser uma patologia cirúrgica, sem duvida está correlacionado a ela.

O fato de introduzir este assunto no ABC da Cirurgia Plástica deve-se às normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina para a lipoaspiração.

É importante que as pessoas estejam bem informadas a respeito.
De acordo com este novo regulamento, a lipoaspiração tem que ser feita somente em até 7% do peso corporal do paciente; a lipoaspiração não poderá ultrapassar mais de 40% da área corpórea e a lipoaspiração, dentro destes limites, deve ser feita em hospital.
O que estava acontecendo é que alguns profissionais estavam banalizando essa intervenção, abrindo mãos dos cuidados exigidos e necessários, não se preocupando com os eventuais riscos que podem ocorrer em qualquer intervenção cirúrgica.

Infelizmente hoje muitos pacientes imaginam que vão fazer lipoaspiração como se fossem ao cabeleireiro. Operar e voltar imediatamente para o trabalho, isso é uma temeridade. Mesmo numa lipoaspiração simples, de pequeno volume, não é aconselhável liberar o paciente a exercer suas funções rotineiras no mesmo dia da lipoaspiração, pois a pessoas está sujeita a fazer um esforço físico, podendo sangrar e criar um hematoma. Claro que é uma coisa pequena, mas é uma complicação que pode infectar e trazer consequências desagradáveis.
Não se pode esquecer também da ansiedade e do estresse que qualquer intervenção produz. A orientação correta é voltar para casa, relaxar e descansar, para um bom processo de cicatrização e uma evolução normal do pós-operatório. Não se pode banalizar a saúde.
Acho que essa portaria foi muito bem colocada.
As normas exigidas são amplas. A lipoaspiração autorizada de 7% é um volume razoável. Lipoaspirar 40% da área corpórea também está dentro dos padrões seguros, desde quando seja feita em hospital de porte e possuidor de todos os recursos de segurança.

INFECÇÃO

A infecção ocorre quando o paciente tem uma baixa no sistema imunológico que permite o aparecimento de bactérias que se instalam e se proliferam a ponto de criar um quadro infeccioso.
Há dois tipos de bactérias: as endógenas, oriundas do próprio organismo, e as exógenas, adquiridas do ambiente externo através de um mecanismo transmissor, que pode ser um beijo ou um aperto de mão, por exemplo.
A infecção se classifica em vários graus. Há desde uma pequena bem localizada até uma maior e generalizada de todo o organismo, com falência múltipla dos órgãos, levando o paciente ao óbito. Felizmente, isso é muito raro ocorrer na cirurgia plástica.
Há muitos anos não se registra um caso.

INTERNAÇÃO

Todas as cirurgias plásticas de médio e maior porte, bem como as associadas, devem ser sempre realizadas em hospital.
Quando você faz o lifting, descola uma área muito grande. A chance do paciente ter um hematoma porque fez um esforço e rompeu um vaso é muito grande e deve ser evitada.
O problema pode ser corrigido, mas é desagradável.
Evolui para uma recuperação complicada, e o paciente precisa fazer mais drenagens linfáticas e maior numero de retornos ao medico. Isso acarreta em tempo, dinheiro, desgaste físico e emocional.
A cirurgia pode ser feita em clinica com boa infra-estrutura e UTI, desde que o paciente fique um dia internado.

A abdominoplastia normalmente exige dois dias de internação, porque no segundo dia o paciente precisa levantar e aprender a caminhar com o corpo arqueado. Só deve ser feita em hospital conceituado e de bom porte.

Basicamente, a diferença entre hospital e clinica está relacionada com o porte e tipo de equipamento (apesar de haver clinicas bem aparelhadas). Mas dentro da própria categoria de classificação da Secretaria de Saúde, a clínica sempre é uma entidade com esforço físico menor.
O hospital pode ser de pequeno, médio e de grande porte.
Essa classificação também está relacionada com o numero de leitos e com o tipo de especialidades oferecidas.
Hoje cerca de 99% dos hospitais tem UTI, porque esta é uma exigência da Secretaria de Saúde.

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Ao longo dos meus trinta anos de minha experiência profissional como cirurgiã plástica, descobri que, sendo mulher, tinha uma identificação com minhas pacientes pelo fato de conjugarmos pensamentos, emoções e linguagens próprias de nossa condição feminina. Para mim, a cirurgia Plástica envolve conhecimento, engenharia e arte como dedicação, sensibilidade e paixão, buscando obter o resultado mais natural, harmonioso e equilibrado com o biótipo da paciente.

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