Normas do Conselho Federal de Medicina para a lipoaspiração
Hospital
Novas Normas
Apesar do hospital não ser uma patologia cirúrgica, sem dúvida está correlacionado a ela. O fato de introduzir este assunto, deve-se as novas normas estabelecidas pelo Conselho Federal de medicina para a lipoaspiração.
É importante que as pessoas estejam bem informadas a respeito de acordo com este novo regulamento a lipoaspiração tem que ser feita somente em 7% do peso corporal do paciente: a lipoaspiração não poderá ultrapassar mais de 40% da área corpórea e a lipoaspiração dentro destes limites deve ser feita em hospital.
O que estava acontecendo é que alguns profissionais estavam banalizando essa intervenção, abrindo mão dos cuidados exigidos e necessários, não se preocupando com os eventuais riscos que podem ocorrer em qualquer intervenção cirúrgica. Infelizmente, hoje muitas pacientes imaginam que vão fazer lipo como se fossem ao cabeleireiro. Operar e voltar imediatamente ao trabalho. Isso é uma temeridade.
Mesmo numa lipoaspiração simples, de pequeno volume, não é aconselhável liberar o paciente para exercer suas funções rotineiras no mesmo dia da lipo, pois a pessoa está sujeita a fazer um esforço físico, podendo sangrar e criar hematomas. Claro que é uma coisa pequena, mas é uma complicação que pode infectar e trazer consequências desagradáveis. Não se pode esquecer também da ansiedade e do estresse que qualquer intervenção produz.
A orientação correta é relaxar e descansar para um bom processo de cicatrização e uma evolução normal do pós-operatório. Não se pode banalizar a saúde. Acho que essa portaria foi muito bem colocada. As normas exigidas são amplas.
A lipoaspiração autorizada de 7% é um volume razoável, lipoaspirar 40% da área corpórea também está dentro dos padrões seguros, desde quando seja feita em hospital de porte e possuidor de todos os recursos de segurança.
Infecção
A infecção ocorre quando o paciente tem uma baixa no sistema imunológico que permite o aparecimento de bactérias que se instalam e se proliferam a ponto de criar um quadro infeccioso.
Há dois tipos de bactérias: as endógenas oriundas do próprio organismo, e as exógenas, adquiridas do ambiente externo através de um mecanismo transmissor, que pode ser um beijo ou um aperto de mão, por exemplo.
A infecção se classifica em vários graus. Há desde uma pequena bem localizada até uma maior e generalizada de todo o organismo, com falência múltipla dos órgãos, levando o paciente ao óbito. Felizmente isso é muito raro ocorrer na cirurgia plástica. Há muitos anos não se registra um caso.
Internação
Todas as cirurgias plásticas de médio e maior porte, bem como as associadas, devem ser sempre realizadas em hospital. Quando você faz o lifting, descola uma área muito grande.
A chance do paciente ter um hematoma porque fez um esforço e rompeu um vaso é muito grande e deve ser evitada. O problema pode ser corrigido, mas é desagradável. Evolui para uma recuperação complicada e o paciente deve fazer mais drenagens linfáticas e maior número de retornos ao médico.
Isso acarreta em tempo, dinheiro, desgaste físico e emocional. A cirurgia pode ser feita em clinica com boa infraestrutura e UTI, desde que o paciente fique um dia internado.
A abdominoplastia normalmente exige dois dias de internação, porque no segundo dia o paciente precisa levantar e aprender a caminhar com o corpo arqueado. Só deve ser feita em hospital conceituado e de bom porte. Basicamente, a diferença entre hospital e clinica está relacionada com o porte e tipo de equipamento (apesar de haver clinicas bem aparelhadas).
Mas dentro da própria categoria de classificação da Secretaria de saúde, a clínica sempre é uma entidade com espaço físico menor. O hospital pode ser de pequeno médio e de grande porte.
Essa classificação também está relacionada com o número de leitos e com o tipo de especialidades oferecidas. Hoje cerca de 99% dos hospitais tem UTI, porque esta é uma exigência da Secretaria de Saúde.
A Dra. Mariângela Santiago CRM 45.138 informa:
ATENÇÃO: As explicações disponibilizadas têm finalidade exclusivamente informativa e objetivam oferecer ao público uma visão prática a respeito do assunto. Conforme a SBCP recomenda que em caso de dúvida seja consultada a Cirurgiã Plástica para consideração das peculiaridades de cada caso.